A tecnologia se fundiu com diversos segmentos de mercado e está cada vez mais próxima do financeiro. Isso torna muito importante entender o que é blockchain.
Esse é um assunto novo, complexo e que naturalmente gera muitas dúvidas sobre a segurança envolvida nesse processo de convergência entre dinheiro e tecnologia.
O fenômeno das criptomoedas é um assunto bastante difundido nos dias de hoje, mas entender com clareza como esse novo universo financeiro trabalha e quais são suas regras é uma tarefa que exige atenção.
Se você não quer mais ficar por fora desse assunto e quer entender de vez o que é blockchain, continue a leitura!
Preparamos este artigo com tudo que você precisa saber para compreender em detalhes o que é blockchain e como essa tendência surgiu.
Acompanhe!
O que é blockchain?
A tecnologia blockchain é o que pode ser considerado como um livro contábil, um registro coletivo. Daí vem sem nome, que traduzido em português fica algo como “cadeia de blocos”.
Ele é o responsável por guardar o registro de uma transação de moeda virtual, ou criptomoeda, garantindo que essa informação seja segura e sem qualquer perigo de alteração.
Sabemos que entre as moedas virtuais existentes, a mais famosa e utilizada é o bitcoin. Esse dinheiro é armazenado em carteiras digitais, que podem ser online ou mesmo instaladas no computador ou celular.
Nesse caso, a tecnologia blockchain é responsável por registrar as informações sobre a quantia de bitcoins em determinada transação, quem realizou o envio, quem recebeu a transferência, em que momento ela foi realizada e como ela será arquivada.
A primeira coisa que se deve saber sobre o que é blockchain é que o objetivo desta tecnologia é ser bastante transparente.
Em resumo, podemos dizer que com o blockchain, as informações não estão guardadas em um lugar só.
Ao contrário de estarem armazenadas em um único computador, todas as informações de registro estão distribuídas entre diversos computadores interligados.
Como surgiu a blockchain?
Vamos entender o que é blockchain partindo do ponto inicial, de como se deu o surgimento e evolução dessa tecnologia.
Buscando bem a fundo em suas origens, o que hoje chamamos de blockchain começou a tomar forma lá em 1991.
Foi neste ano que o projeto começou a se construir nas mentes de Stuart Haber e W. Scott Stornetta, que tiveram a ideia de construir uma rede de blocos protegidos de forma criptografada, impedindo que qualquer pessoa fosse capaz de fazer alterações nos registros dos documentos.
Com o desenvolvimento da criptografia, aliada ao aprimoramento da tecnologia, chegamos a uma definição de blockchain hoje. E vamos entender agora como todo o processo funciona.
Blockchain: como funciona?
Para que você possa entender melhor o que é blockchain, vamos explicar com um pouco mais de detalhes como funciona o processo de transação e mostrar como ele é seguro.
Acompanhe cada passo!
Registro da transação
O primeiro passo de uma transação é o registro dela. Para te ajudar a ter uma visualização mais clara desse processo, pense no blockchain como algo semelhante a uma planilha do Excel, por exemplo.
Nessa planilha, você deverá inserir algumas informações importantes como a origem da transação, seu destino e claro, o valor.
É importante dizer que a “planilha” fica disponível a atualizações de outras pessoas, como um arquivo compartilhado.
Por outro lado, para que tudo seja seguro, é preciso ser em segredo. A ideia é que não deve ser possível saber quais as outras pessoas envolvidas na transação.
Como fazer isso? É o que veremos no próximo tópico.
Criptografia
Para tornar a transação anônima e segura, é preciso criptografá-la. Sabemos que informação sigilosa deve ser protegida, um dos pilares da segurança da informação.
Mas como fazer isso?
O blockchain trabalha com uma ideia de address (que em português, significa “endereços”). Ou seja, a partir de uma chave principal, você pode criar diferentes endereços, formados por um conjunto de caracteres e números.
Assim, para fazer transações para outra pessoa, é preciso saber o endereço dela. Isso é o que vai encobrir a identidade das pessoas envolvidas, tanto quem envia, quanto quem recebe.
A chave principal, neste sentido, é muito importante e deve ser guardada com cuidado, pois é ela que permitirá que os envolvidos assumam as propriedades dos endereços atribuídos a eles.
Validação
A transação de uma pessoa X para Y não é oficializada imediatamente. Ela precisa passar por uma validação para ser de fato incluída no blockchain.
Para isso, ela segue para uma área temporária onde passa por uma análise que acontece a cada 10 minutos, aproximadamente.
Nesse período, as transações do mundo todo que estiverem na área temporária são analisadas por um responsável, denominado miner.
Esse responsável nada mais é do que um computador ligado à rede do blockchain, que passa por um sistema em que ganha o direito de validar transações ainda pendentes. Feito isso, ele recebe um prêmio em bitcoins.
E assim vai, sucessivamente, a cada 10 minutos.
Mas como miner decide se uma transação pode ser oficializada? Ele vai conferir a autenticidade da ação, verificar se a assinatura digital é verdadeira e se não há alguém simulando endereços e transações em sua própria conta.
É então que se oficializa também a data da operação e a transação recebe uma assinatura que funciona como uma ID para identificação, gerando novos dados criptografados.
São estes elementos — assinatura digital, ID, chave e criptografia — que conferem total segurança ao processo de transação no blockchain.
Bloqueio de alterações
Temos ainda um detalhe muito importante para explicar. Bem, dissemos anteriormente que a “planilha” fica disponível para outras pessoas fazerem modificações, certo?
Isso aparentemente pode ser um perigo, pois uma pessoa X poderia apagar ou trocar valor de uma transação realizada por pessoa Y, certo?
Na verdade, não. Isso graças à um segredinho que, na verdade, é a base de toda a genialidade do blockchain.
Veja bem: existe uma operação ou função matemática que chamamos de hash. Há muitas e muitas variedades de funções de hash diferentes.
Ao selecionar um destes métodos, sempre que você fizer modificações em um determinado valor, ele vai gerar uma mesma sequência simplificada de caracteres e números. Isso quer dizer que, por menor que seja a alteração, tudo vai mudar.
Mas o que isso quer dizer exatamente?
Simplificando, mesmo que você tente fazer alterações na sua cópia do blockchain, essa mudança jamais passará por uma validação. Pois a cada nova operação na transação, um hash é criado e ele depende do hash anterior, e assim sucessivamente, delineando o conceito de “blocos” interligados.
O miner faz a verificação nos hashs de toda a transação para que ela seja aprovada e, se encontrar essas alterações discrepantes, não faz a validação.
Afinal, blockchain é seguro?
Como vimos, o blockchain tem uma complexidade criptográfica bem desenvolvida. Isso impede que alterações sejam feitas por terceiros em transações alheias.
Mas, como as operações vão gerando blocos com hashs cada vez mais sólidos, especialistas aconselham que o ideal é investir em transações mais antigas, com anos de operações.
Isso apenas seguindo o raciocínio de que adulterar dados de um bloco de 10, 20 minutos atrás é em teoria mais simples, porém não necessariamente possível.
Pensando em tudo isso, o blockchain é considerado um método de transação seguro.
Esse foi nosso artigo explicativo sobre o que é blockchain. Se você quer ficar por dentro de outras novidades da tecnologia, confira também nosso texto sobre inteligência artificial.