BYOD é uma sigla em inglês, que significa Bring Your Own Device ou “traga seu próprio dispositivo”. Essa é uma estratégia em que os profissionais utilizam seu próprio equipamento para atividades de trabalho, seja o notebook, celular ou tablet.
Com o home office conquistando cada vez mais adeptos, ainda mais durante a crise da COVID-19, é comum que o computador pessoal também comece a ser usado para trabalho.
Quando consideramos o cenário das soluções digitais como aliadas dos gestores para reduzir custos, não é estranho dizer que empresas de todos os portes estão aderindo ao BYOD.
No setor de infraestrutura de negócios, essa é uma tendência a se fortalecer ainda mais nos próximos anos. É o que apontou o relatório “Global BYOD e Mercado de Mobilidade Empresarial 2017-2021“, com uma estimativa anual de crescimento de 24,12% para essa prática.
Sendo assim, toda a área de TI está passando por uma adaptação, que identifica não só as oportunidades que modelos como BYOD representam, mas também os cuidados que exigem para que não causem prejuízos para empresas e usuários.
Essa tendência está muito relacionada à transformação digital e, como dissemos, às medidas de flexibilização pelas quais o contexto corporativo tem passado. Mas, como toda tendência, tem seus prós e contras.
Esses pontos precisam ser muito bem analisados, principalmente pelas PMEs, que são as empresas que mais têm facilidade para se adequar a esse método.
Agora que você já aprendeu o que é BYOD, vai entender ainda melhor ao analisar as vantagens e desvantagens desse modelo. Confira!
Vantagens do BYOD
A adoção do BYOD como modelo de trabalho pode agregar pontos muito positivos para a gestão de uma empresa. É o que veremos a seguir.
Redução de custos
A redução de custos é, sem dúvida, uma das vantagens mais expressivas proporcionadas pelo BYOD. Isso porque a empresa fica livre do compromisso de ter que comprar e disponibilizar equipamentos para os profissionais. Esses dispositivos ficam totalmente sob a responsabilidade do colaborador. Sendo assim, os gastos com manutenção periódica e casos mais extremos, como perda, furto ou danos fatais ao aparelho, também não geram gastos para a empresa.Em razão disso, é possível ver uma redução expressiva de custos.
Aumento da produtividade
A troca de aparelhos pode ser algo que impacta a produtividade. Por exemplo, se um profissional usa em casa um computador com sistema Windows e no trabalho precisa utilizar um macOS, é possível que seja bem confuso e desconfortável para ele.Falando de forma geral, somos mais propensos a lidar bem com nossos próprios aparelhos, pois sabemos onde encontrar determinados arquivos rapidamente e temos mais segurança de que eles não serão utilizados por terceiros.Além disso, a eficiência operacional desse sistema é muito maior. Com o BYOD, há uma redução de fios e cabos na execução das atividades. A tecnologia wireless, o armazenamento e compartilhamento de arquivos em nuvem estão avançando ao longos dos anos, limitando cada vez menos o usuário a um ponto fixo.
Equipamentos mais modernos
A tecnologia evolui em uma velocidade que é, muitas vezes, difícil para as empresas acompanharem. Uma empresa jamais poderia trocar todos os seus equipamentos a cada três anos, por exemplo. O usuário tem essa opção e, dependendo do tipo de trabalho que ele realiza, essa atualização e renovação constante é muitas vezes necessária. Há também quem goste de estar sempre com o modelo mais moderno, o que é muito bom para a empresa que trabalha com BYOD.
Mobilidade
O home office, que para muitas empresas foi uma solução forçada durante a pandemia do novo coronavírus, veio para provar que mobilidade é uma característica determinante para as infraestruturas modernas.Ter todo o trabalho de anos preso a um computador no escritório não é algo inteligente. Com o BYOD e ferramentas na nuvem, todos os membros de uma empresa podem migrar rapidamente seu local de atividade, sem afetar em nada o acesso a documentos e a experiência do usuário.
Desvantagens do BYOD
As vantagens do BYOD mostram que essa estrutura atende muito bem a empresas e profissionais do mundo moderno. Porém, ela também demanda um cuidado redobrado, pois pode ser sinônimo de:
Prejuízo à experiência do profissional
Nem todo mundo gosta de estar constantemente ligado ao trabalho e usar o mesmo dispositivo tanto para trabalho quanto para lazer. Isso pode provocar uma confusão para o profissional que atua através do BYOD.O uso do mesmo aparelho pode criar uma sensação de que ele está preso às suas funções o tempo todo, gerando estresse e improdutividade.Por isso, é preciso saber se o BYOD é um modelo que funciona para a equipe da empresa, investindo também em estratégias que ajudem a limitar o horário de trabalho.Outro ponto importante aqui é zelar pela privacidade do colaborador. Mesmo que ele esteja usando seu computador pessoal para trabalhar, a empresa não deve jamais invadir o espaço pessoal dele. Daí a importância de determinar regras bem claras quanto aos parâmetros que guiarão a metodologia de trabalho.
Risco à segurança da informação
Na mesma medida em que a tecnologia avança, aumenta-se a preocupação com a segurança da informação.Os ataques virtuais nos últimos anos têm conseguido causar problemas até mesmo em empresas grandes e com forte infraestrutura de TI, como Adobe, Netflix, Facebook, entre outras organizações famosas.Por essa razão, não é difícil entender a vulnerabilidade das PMEs. Principalmente no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados, garantir a privacidade de todas as informações internas deve ser a prioridade para quem aposta em BYOD.A proteção contra perdas acidentais desses dados e o comportamento dos profissionais com relação ao acesso e uso deles também precisa ser regulamentada.
Como implementar o BYOD?
No fim, a empresa que aposta em BYOD precisará investir mais tempo e dinheiro em aspectos como:
- Criação de uma política interna prévia ao BYOD, junto aos setores de RH, TI e jurídico, estabelecendo boas práticas com relação a manipulação de dados internos;
- Investimento em armazenamento em nuvem, VPN e outros sistemas de segurança interna;
- Instalação de um bom antivírus;
- Conscientização dos profissionais sobre a necessidade de manutenção dos aparelhos e backup constante;
- Treinamentos voltados para que os profissionais saibam identificar ações maliciosas em sites e arquivos;
- Contratos de confidencialidade para os funcionários;
- Padronização de softwares oficiais para uso no BYOD.
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