3 metodologias de gestão para usar agora em sua área de TI

O gerenciamento de atividades é sempre um desafio, não importa qual seja o setor. São muitas questões para se preocupar: Será que estou alinhado com os objetivos da empresa? Minha área conseguirá ser mais eficiente? Estou conseguindo atingir minhas metas? A única maneira de resolver todas essas preocupações, é buscando um modelo de gerenciamento eficaz, que atendas às suas necessidades. Você já conhece metodologias de gestão em TI para o seu negócio?

Por que usar metodologias de gestão em TI?

Encontrar o modelo de gestão de TI ideal para o seu negócio, será importante para observar os resultados do setor. É importante lembrar que, ao observar resultados, fica muito mais fácil encontrar formas de aumentar a produtividade da uma empresa. Definir um modelo de trabalho ideal trará apenas benefícios para você e sua equipe.

Profissionais de TI já estão bastante familiarizados com os métodos que apresentamos abaixo. Mas, se você é um empreendedor ou gestor de empresas, deve buscar aprender sobre esse assunto também. Desta forma, você terá um entendimento mínimo para conversar com sua consultoria, assistência técnica ou equipe de TI, promovendo debates muito mais enriquecedores. Saiba como cada uma dessas metodologias de gestão podem te ajudar com TI.

ITIL

Se você não possui conhecimento na área de tecnologia, é provável que você não esteja familiarizado com esse nome. A ITIL é uma das metodologias de gestão mais utilizadas para serviços de TI em todo mundo. Inclusive, todos os atendimentos realizados pela NetSupport, através de nossos Supporters, obedecem às orientações descritas na ITIL V3, que é a última versão disponibilizada do framework.

ITIL é a sigla para Information Technology Infrastructure Library, que em tradução livre seria algo como “Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação”. O papel da ITIL é de auxiliar as empresas a atingirem as suas metas, através do uso correto de seus recursos de TI.

A ITIL foi criada no final da década de 80 pelo governo britânico, com o intuito de organizar os processos de TI públicos. Já nos anos 90, suas práticas passaram a ser adotadas pelas empresas europeias, popularizando-se rapidamente. Atualmente a empresa Alexo é quem detém a marca ITIL.

Na prática, esse modelo propõe que as atividades de TI sejam gerenciadas de acordo com o ciclo de vida de um serviço. Com base nesse preceito, o ciclo de vida do serviço passa pelos seguintes estágios:

  • Definição da estratégia de serviço;
  • Elaboração do esquema de trabalho do Serviço;
  • Transição de Serviço (consideração de possíveis mudanças);
  • Operação de Serviço;
  • Melhoria contínua e aprimoramento do serviço.

A metodologia ITIL tornará sua área de TI mais eficiente. Com a sua implementação, será possível estabelecer processos mais ágeis, negociar prazos, mensurar resultados, entre outros benefícios.

Para obter as certificações ITIL – são vários os níveis – é necessário investir em estudos por conta própria. Contudo, com base nos conhecimentos do nível Foundation, que apresenta as noções básicas da ITIL, já será possível trabalhar inúmeras melhorias em sua área de TI.

COBIT

Entre as três metodologias de gestão para atividades de TI em empresas, essa é a mais recente. COBIT significa Control Objectives for Information and Related Technologies, que em português seria algo como “Controle de Objetivos para Informação e Tecnologias Relacionadas”. A ISACA (Information Systems Audit and Control Association) foi quem desenvolveu esse framework em 1996.

A Missão oficial proposta pelo COBIT é: “Pesquisar, desenvolver, publicar e promover um conjunto de objetivos de controle para tecnologia que seja embasado, atual, internacional e aceito em geral para o uso do dia-a-dia de gerentes de negócio e auditores”. Com base nessa afirmação, podemos ver uma clara diferença entre o modelo ITIL e COBIT. Enquanto o primeiro é destinado às camadas operacionais do setor de TI, já que propõe a estruturação do ciclo de vida de seus serviços, o segundo tem uma função mais estratégica e pode ser usado para o planejamento da área, por exemplo.

Dentro de uma organização, o COBIT ajudará a estabelecer a governança e gerenciamento dentro do setor de TI. Em sua última versão, o COBIT 5, lançada em 2012, são apresentados 5 princípios fundamentais:

  • Necessidade das partes interessadas;
  • Cobertura da empresa de ponta a ponta;
  • Aplicação do modelo de trabalho integrado, único e simples;
  • Possibilidade de visão holística;
  • Separação entre governança e gerenciamento.

Também é possível aprender sobre o COBIT de maneira autodidata. A ISACA disponibiliza todos os materiais necessários em seu próprio site, já traduzidos para o português. Após a conclusão de seus estudos, os interessados também podem partir em busca de sua certificação.

Scrum

Em primeiro lugar, é importante destacar que o Scrum não é uma exclusividade para a área de TI. Essa é uma das metodologias de gestão usada para projetos em geral, independente de qual seja o setor. É possível aplicá-lo, inclusive, em projetos pessoais.

O Scrum é uma estrutura de gerenciamento que surgiu como um apoio para colocar em prática as técnicas do Método Ágil – ou Agile, em inglês. A proposta do Método Ágil é que através da colaboração, organização e definição de papéis seja possível executar projetos de forma mais rápida. O Ágil surgiu nas grandes e inovadoras empresas japonesas dos anos 70 e 80, como Toyota e Honda.

Na década de 90, Jeff Sutherland estava em busca de formas de aumentar o rendimento das empresas americanas. Durante sua pesquisa, Sutherland se deparou com o Método Ágil. Fascinado com o modelo, decidiu encontrar uma maneira de aprimorá-lo. Foi assim, então, que nasceu o Scrum.

Essa metodologia de gestão é bastante fácil de ser implementada, e, apesar de poder ser utilizada nos mais distintos projetos, ela costuma ser mais eficiente quando aplicada no desenvolvimento de algo cujo o resultado final seja um produto, como um software, por exemplo.

Como implementar o Scrum?

Basicamente o Scrum funciona da seguinte maneira:

  • A primeira coisa a se fazer é eleger um Dono de Produto. Ele será o responsável por fazer com que o produto seja devidamente finalizado;
  • O Dono do produto deve então produzir o Backlog, que nada mais é do que uma lista de tarefas, requisitos e necessidade do produto final. O mais importante aqui, é que essa lista seja organizada de acordo com as prioridades de produção. Estabeleça uma ordem do que é mais e menos importante para o produto funcionar.
  • Em seguida, você estará pronto para dar início ao Sprint. O Sprint é um período estabelecido para que equipe trabalhe na entrega das tarefas definidas no Backlog. As datas para finalização de cada uma das atividades deverão ser definidas em comum acordo com os envolvidos no projeto. Desta maneira, o projeto poderá ter vários Sprints diferentes até sua entrega. Sempre que um novo Sprint é entregue a equipe deve discuti-lo, para encontrar formas de aprimorar o produto.
  • Diariamente o time deverá se reunir para informar os status das atividades em andamento. Essas reuniões costumam ser chamadas de Daily Stand-Ups ou Daily Scrum.

O Scrum é uma modelo que promove a transparência e eficiência entre as equipes, por isso costuma ser tão eficiente. Além disso, com suas entregas fracionadas, é possível recolher feedbacks dos usuários, para comprovar a real necessidade do produto, evitando o desperdício de tempo e de retrabalho em atividades desnecessárias.

Para começar a trabalhar com Scrum, você pode, inclusive, fazer o download dos guias elaborados pelos seus criadores oficiais. No site Scrum Guides, Jeff Sutherland e Ken Schwaber disponibilizam tudo o que você precisa saber sobre a metodologia.